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DANIELA OSWALD RAMOS
( Rio Grande do Sul – Brasil )
Reside em São Paulo – SP.
Nasceu em Alegrete – Rio Grande do Sul. Jornalista e professora de novas tecnologias da comunicação.
Participou de eventos literários Tordesilhas, Festival Ibero-americano de Poesia Contemporâneas (2007) e do I Simposia, em 2008.
Doutora e mestre Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA/USP), graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora de Novas Tecnologias da Comunicação na Sociedade Contemporânea e Teorias da Comunicação no curso de Educomunicação no Departamento de Comunicações e Artes da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, em Regime de Dedicação Integral à Docência e Pesquisa (RDIDP). Também atua no curso de Design (FAU/USP) na disciplina Teorias do Signo. Pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (CEPID/FAPESP) da Universidade de São Paulo. É integrante do grupo de pesquisa COM+ (ECA-USP) e Semiótica da Comunicação (ECA-USP).
TODO COMEÇO É INVOLUNTÁRIO - a poesia brasileira no início do século 21. Org. e Claudio Daniel. São Paulo: Lumme Editor, 2010. 328 p. 15 x 23 cm ISBN 978-8562441-394
Ex. bibl. Antonio Miranda
DO CADERNO V
1
“Não me arrependo”, nem de usar aspas.
Não é que ele precise, é que gosta.
A moça falsa é a mais fraca. Não suporta a pressão da moça de verdade, que se veste como ela e que aprendeu a se aproveitar da situação, afinal, são iguais. Não há diferenças aparentes. Ela soube ser igual. Muita gente acompanha esta história, essencialmente.
(...)
3
outra pessoa estará aqui
mudarei para o quarto ao lado
menor, mas silencioso.
o coloquial não é banal
ela só diz ambiguidades
fico tentando encontrar a
estação terminal
dos sentidos.
a simetria só é possível por
observação atenta
difícil exercício pensar
em uma estrutura que se repete
não sem ser isenta
de modificações cenas que se embaralham imagens que
que não têm lugar
5
Oráculo
O bode se solta com facilidade,
nenhum arrependimento.
Ele dissolve seu sangue.
Partir, manter-se afastado,
sair: não envolve culpa.
*
Dragão oculto. Não atue
Não se deve empreender
grandes tarefas, tais como:
atravessar a grande água.
*
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Página publicada em março de 2022
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